quinta-feira, 24 de julho de 2008






Alerta Frente ao Sensacionalismo com Marte!!!


Por: Audemário Prazeres - AAP/SAR

Chamo atenção quanto à ênfase divulgada na mídia, de que o planeta “Marte será visto tão grande quanto a Lua no dia 27 de Agosto”. Por sinal, cabe aqui lembrar que não teremos Lua visível no Céu por volta do dia 27, uma vez que no dia 30 se dar o início da fase Lua Nova.

Após a grande aproximação de Marte em 27 de Agosto de 2003, todos os anos vemos informes pela Internet anunciando essa aproximação do nosso planeta irmão.

Só para efeito de comparação e lembrança, em 2003 Marte em seu momento máximo da sua aproximação (periélio), poderia ser visto do tamanho de uma bola de tênis observada a uma distância de 528 metros. Um outro exemplo comparativo, ele se mostrou do tamanho de uma moeda de 1 Real observada a cerca de 200 metros de distância. Mesmo com essa tremenda distância de proximidade com a Terra, onde tivemos a chance de ver a olho nu o bem destacado disco de sua superfície, ele jamais se mostrou com um diâmetro maior do que a Lua. Ou seja, nem se quer a sua metade.

Torna-se necessário esclarecer esse dado, para não ocorrer com o público leigo e iniciantes na Astronomia, a mesma decepção em que foi gerada com o cometa Halley, ao qual fui coordenador da primeira equipe do Brasil a redescobrir e fotografar o Halley em sua última aparição, título este concebido pela Liga Ibero-Americana de Astronomia e IHW da NASA. Ou seja: Na época foi divulgado que o tamanho da cauda do Halley em sua aproximação máxima com a Terra, era equivalente ao tamanho visto de 27 Luas juntas. Na verdade, lá no espaço o seu comprimento era próximo ao diâmetro de Lua 27 vezes. Mas, visto daqui da Terra a olho nu, jamais correspondeu ao comprimento de 27 Luas juntas.

Conforme cálculos de plotagem, temos uma previsão de uma grande aproximação de Marte no dia 31 de Julho de 2018, onde se estima o planeta estar a uma distância de 57,59 milhões de Km da Terra. E a previsão de maior proximidade é para o da 30 de Agosto de 2082 com uma distância de 55,88 milhões de Km.


AS PREVISÕES ASTROLÓGICAS SOMENTE COMO DIVERSÃO


Por: Audemário Prazeres


Antes de prosseguirmos, permita-me definir a Astronomia e Astrologia segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda: ASTRONOMIA é a Ciência que trata da constituição e posição relativa, e movimentos dos astros. Já a ASTROLOGIA, estuda a influência dos astros, especialmente de Signos, no destino e no comportamento dos homens.

O filósofo austríaco-britânico Karl Popper (1902-1994) afirmou coerentemente que a Astrologia era uma pseudociência.

O fato, é que a Astrologia deveria ser chamada de “Astromancia”, que é o destino das pessoas através dos astros. Sua existência vem há mais de cinco mil anos, onde era praticada pelos povos sumérios; caldeus; assírios e babilônicos. Atualmente, a Astrologia lida com uma enorme variável de interpretações e de compensações, chegando inclusive no campo Psicologia com programas de computadores que identificam traços de caráter e personalidade das pessoas em função de mapas astrais.

Mas como explicar a crença cada vez mais crescente da Astrologia entre as pessoas? – Para responder a esta pergunta, basta refletirmos a uma frase do renomado astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, ao qual disse: “É impossível negar a Astrologia na vida do homem moderno que, INSEGURO com o futuro da humanidade, procura na mesma uma saída assim como fizeram nossos antepassados”.

Na verdade, existem alguns conceitos científicos que realmente incomodam aqueles que consideram a Astrologia uma ciência. Alguns astrólogos e praticantes de grupos místicos anunciaram que entramos na Era do Aquário. Vejam bem, cálculos astronômicos nos mostram que essa Era somente ocorrerá no ano de 2599, devido ao período de PRECESSÃO EQUINOCIAL, onde os Signos retrocedem uma constelação inteira, ou cerca de 30 graus de arco. A última Precessão ocorreu no ano de 54 a.C., quando o Sol passou no Equinócio da Primavera para o hemisfério Norte, de Áries para Peixes, inaugurando assim a atual Era. Na Astronomia, os astrônomos utilizam as constelações apenas como referencial na abóbada celeste. As constelações e os Signos são uma mera formação aparente das estrelas, não são astros constituídos, por sua vez, não há ligação física atrelada à passagem ou permanência de um determinado astro neste local. Esse conceito de constelações, variava na sua identificação, entre os povos antigos. Inclusive, algumas tribos indígenas no Brasil, possuem nos dias atuais, um reconhecimento bem diferente das constelações que conhecemos. Para efeito de oficialização, foram definidas pela União Internacional de Astronomia, após um acordo internacional em 1922, a nomeação e fixação definitiva de 88 constelações. Dessa forma, como prever o destino das pessoas sobre algo que não existe fisicamente?

Vemos também, uma omissão dos dias de permanência do Sol nas constelações Zodiacais. Se consultarmos qualquer anuário astronômico e plotar a posição do Sol nos 365.2422 dias do ano, verificamos que entre o dia 30 de novembro a 17 de dezembro o Sol se encontra na constelação de OPHIUCUS (Serpentário), fato este ignorado pela Astrologia, onde o Sol fica nesta constelação por cerca de 18 dias. Ao contrário quando em Escorpião (cerca de 7 dias), onde esta permanência é reconhecida nas previsões. Percebemos que não são 12 as constelações por onde o Sol caminha, mas sim, 13 constelações. Um exemplo do posicionamento do Sol no lugar errado, lembro que no dia 3 de novembro de 1994, ocorreu um eclipse total do Sol visível no Sul do Brasil. Na hora da totalidade (dia virou noite), foi possível observar o local do Sol na abóbada celeste. Pelos dados utilizados na Astrologia, o Sol estaria em Escorpião. Na verdade, entre os dias de 31 de outubro a 22 de novembro o Sol ocupa a constelação da Balança (Libra), fato este constatado no eclipse. Devido a essas enormes falhas, é que foi introduzido nos Estados Unidos, a chamada Astrologia Sideral onde, pelo menos são consideradas as posições corretas do Sol na Eclíptica.

Desse modo, sempre que verem previsões astrológicas, é bom refletir uma frase bem comum presente nos jornais dos EUA: “Os dados devem ser apenas lidos como entretenimento”.

sexta-feira, 18 de julho de 2008



Astronomia na Visão Peculiar de Quem a Desenvolve



Por: Prof. Audemário Prazeres (*)
Bodas de Prata no exercício ativo da Astronomia
audemario@gmail.com

Não resta a menor dúvida, que um dos motivos que nos fazem estudar a Astronomia, é contextualizarmos o Universo como um imenso laboratório, onde deduzimos com sua observação, atrelada as leis físicas, de modo voltado para as coisas práticas do nosso cotidiano. Esses estudos nos remetem desde a prever as marés, estudar se algum asteróide vai cair sobre nossas cabeças, até como construir reatores nucleares, e analisarmos o aquecimento da atmosfera com o efeito causado pela poluição.
Nós astrônomos amadores somos pessoas com as mais diversas profissões, e administramos dentro do possível o nosso tempo, para nos dedicarmos ao ensino, às observações, e divulgações astronômicas, onde somos motivados a esta atividade apenas por prazer. Em primeiro momento, pode alguns leitores considerar essa minha afirmação um tanto que invulgar, contradizendo com postura padrão. Mas, lembro a todos que encontramos quem se divirta com a atividade de pescar; a observar aves; a colecionar folhas de árvores; selos ou moedas, etc. A Astronomia é uma das poucas, ou única ciência, em que o amador tem vez. Vemos no Brasil, como em várias partes do mundo, milhares de pessoas que se podem considerar astrônomos amadores. Agora, nesse instante, o leitor (ou leitora) poderá também vir a ser um astrônomo amador. Por que não?
Entre essas pessoas nas quais enquadramos com o perfil de astrônomos amadores, há quem observe ocasionalmente, realizando observações esporádicas, onde em muitos casos, são observações de mera contemplação da abobada celeste. Já outros, constatamos pessoas que fazem uso de observações de maneira sistemática, obedecendo a uma metodologia baseada em critérios técnico-científicos. Como também, encontramos pessoas enquadradas como astrônomos amadores dedicados ao ensino e divulgação da Astronomia. Para esses astrônomos amadores, devemos acima de tudo, fazer uso da acepção da palavra “Amador”, no seu sentido formal. Pois, a atividade desses astrônomos amadores é feita pelo prazer da observação, pela satisfação de ver objetos belos e interessantes, pelo desejo de fotografá-los ou de fazer medições e de divulgar para o grande público a importância do contexto físico nos quais estamos inseridos.

Estas atividades podem ter diferentes níveis de complexidade ou serem feitas de acordo com os interesses e as possibilidades de cada pessoa. Não é preciso ter estudos ou habilitações especiais para ser um astrônomo amador. Embora a formação inicial possa influenciar o tipo de observações, ou a sua profundidade, a profissão de cada um não constitui entrave ao gosto por estas observações nem à sua concretização. Por isso, em qualquer associação de astrônomos amadores encontram-se uma gama de interessados, sendo eles das mais diversas profissões.
Dessa forma, para melhor enfatizar o contexto ao qual me refiro, permitam-me citar uma referencia ao moderno e atualizado dicionário Houaiss, onde encontramos vários significados voltados à palavra “Amador”. Mas, como não quero fugir ao contexto desse artigo, irei fazer uso dos significados iniciais dessa palavra. A saber:
1) Que ou o que ama; que ou o que tem amor a alguma pessoa; amante;
2) Que ou aquele que gosta muito de alguma coisa; amante, apreciador, entusiasta:
3) Que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não por profissão; curioso, diletante;
Podemos conjecturar que os sentimentos do amador no exercício da Astronomia, são aplicados de forma inteiramente livre, podendo ele observar o que quiser. E ao contrário dos profissionais, nos quais dominam muito bem o campo teórico, desenvolvem suas atividades de maneira específica, muitos as quais, são “presos” as rígidas normas sejam da instituição ais quais estão vinculados ou da própria natureza da observação. Dessa forma, não podemos afirmar que ocorre uma diversificação de observações por parte do profissional.
Já com o amador, a diversificação é uma característica bastante comum, fazendo desses amadores verdadeiros conhecedores do céu em relação aos profissionais. Só para se ter uma idéia, no que refere ao campo da Astronomia observacional, entre 60 e 70% das atividades é realizada pelos astrônomos amadores espalhados pelo mundo. Entre essas descobertas, destaco os cometas; meteoros; super-nova; registros de manchas solares; práticas de Radioastronomia, estudos na Arqueoastronomia, entre outras.
Na condição de ser um astrônomo amador, vemos aqueles que se dedicam as observações visuais e outros que preferem registrar fotograficamente os objetos do seu maior interesse; outros que estão começando com as atividades dentro dessa ciência há poucos meses, e quem já tenha acumulado várias décadas de conhecimento, experiência e divulgação.
A variedade e profundidade de conhecimentos são imensas entre os amadores, e as características da profissão de cada um também podem facilitar a escolha das diferentes opções. Ao contrário dos astrônomos profissionais, que geralmente possuem doutorados numa determinada área da Astrofísica e dedicam-se à Astronomia como profissão, que é a sua fonte de subsistência. Esses profissionais possuem conhecimentos teóricos obviamente muito mais profundos que os amadores e têm programas de trabalho muito delineados, dedicados à investigação e incidindo sobre temas específicos. Por isso, mantém uma linha relativamente rígida de trabalho e em geral não podem diversificar muito os seus objetos de estudo. Na maior parte dos casos não fazem observações visuais nem conhecem o céu noturno tão bem como os amadores. Muito pelo contrário, ficam por vezes sentados diante de computadores elaborando muitos cálculos.
Os astrônomos amadores podem escolher o que querem observar e quando fazê-lo. Alguns se dedicam à observação dos planetas e da Lua; outros preferem observar regularmente o Sol (com filtros apropriados); há quem goste mais de observar enxames de estrelas, nebulosas e galáxias; outros observadores optam por observar estrelas variáveis e estrelas duplas. Os astrônomos amadores mudam à vontade a sua área de interesse, desde que seja compatível com o seu equipamento de observação ou com as características do local de onde fazem as suas observações.
Podemos definitivamente concluir que a palavra “Amador”, quando aplicado as pessoas que não fazem observações por mera contemplação, e sim, sistemáticas. Bem como, para as pessoas que se dedicam de forma plena na divulgação e ensino da Astronomia, organizando encontros de classe, jamais podem ser vistas, nem em análogo, na forma considerada pejorativa, que também encontramos no dicionário Houaiss para a palavra “Amador”. A saber:
1) Que aquele que ainda não domina ou não consegue dominar a atividade a que se dedicou, revelando-se inábil, incompetente etc.; inexperiente;
2) Que ou quem entende apenas superficialmente de algum assunto ou atividade;
Felizmente, existem atualmente muitos projetos em que os profissionais e amadores compartilham e colaboram de um modo bem ativo no desenvolvimento da Astronomia. Inclusive, em 2005, houve a segunda edição de um evento criado inicialmente para astrônomos amadores na região Nordeste, refiro-me ao II - EINA – Encontro Interestadual Nordestino de Astronomia, realizado em Pernambuco e coordenados pela Sociedade Astronômica do Recife – S.A.R., conjuntamente pela Associação Astronômica de Pernambuco – A.A.P., trouxe honrosamente para este encontro regional, onde apresentaram trabalhos importantes, astrônomos profissionais de peso no cenário astronômico nacional e até internacional. Como: Nelson Travnik de Campinas/SP, sendo ele um astrônomo ativo há 50 anos (Bodas de Ouro na Astronomia); o astrônomo João Batista Canalle da UFRJ, responsável geral pela Olimpíada da Astronomia no Brasil; e o planetárista José Carlos Mariano, criador do primeiro projetor de planetário totalmente nacional “Sphera”.
Mas, apesar de certa liberdade no exercício da Astronomia pelos astrônomos amadores sistemáticos, encontramos algumas dificuldades no tocante a alguns segmentos dessa ciência. Por exemplo: Quem faz observações do Sol pode ter algumas dificuldades em coordenar essa atividade, uma vez ser ela uma atividade diurna, tendo que consorciar com o horário do seu trabalho profissional. Por outro lado, as demais observações de caráter noturno, de certo modo são possíveis sua realização por muitos amadores sistemáticos. Evidente, que se torna necessário administrar bem o tempo, afinal no dia seguinte há a necessidade de se dedicar a sua labuta diária visando a sua subsistência e família.
Por outro lado, devo ressaltar que as observações noturnas, em especial as do céu profundo (enxames de estrelas, nebulosas e galáxias), são mais interessantes desde que estejamos em locais com a menor poluição luminosa possível. Nesse ínterim, essa pratica torna-se para muitos amadores sistemáticos, uma atividade praticamente impossível se ser realizado estando o mesmo nas médias e grandes cidades com intensa poluição luminosa. Resta então, deslocar-se juntamente com o seu equipamento para locais menos atingidos com a poluição luminosa. Vale lembrar que algumas observações (por exemplo, as observações da Lua, dos planetas e de estrelas duplas) podem ser realizadas mesmo estando dentro das médias e grandes cidades. Claro que não devemos generalizar. Mas, por exemplo, no caso das binárias, dependendo da magnitude das estrelas e do grau de separação de ambas, associado ao modelo do telescópio utilizado, é possível desenvolver uma observação sistemático estando o amador em algumas varandas de apartamentos ou terraços de casas.
Na condição dos amadores enquadrados na atividade de ensino e divulgação da Astronomia, onde de certo modo esses indivíduos são responsáveis de fazer uma prospecção e fomentar futuros astrônomos amadores. Sejam esses: Observadores sistemáticos ou voltados ao ensino e divulgação.
Constatamos uma cena comum e até penoso para esse astrônomo amador divulgador/ensino, quando este desenvolve suas atividades com o público leigo e curioso com a Astronomia. Ou seja, é justamente quebrar o paradigma criado e mantido pela grande mídia sensacionalista, que insistem em divulgar imagens astronômicas, nas quais muitas delas são coloridas e tratadas artificialmente.
Assim sendo, o grande público leigo encontra-se acostumado a entender os astros com aspectos visuais não correspondentes aos vistos pelas oculares dos telescópios. Com isto, ocorre certa frustração junto a esse público leigo, e cabe a este astrônomo amador que é voltado para o ensino e divulgação da Astronomia, fazer uso de metodologias apropriadas visando estimular e formar mais amadores sejam de observação sistemática, ou de ensino/divulgação .
Essa situação errada e divulgada pela mídia me faz fazer uma alusão a um antigo e clássico filme, no qual nos remete a uma conspiração, ou seja, refiro-me a “Capricórnio Um”, onde em outros filmes mais recentes, encontramos a mesma idéia conspiracionista. Como: “Os Três Dias do Condor”, com Robert Redford, e “Teoria da Conspiração”, com Mel Gibson. Pois, deveríamos ter a mídia como aliada diretamente na educação da população. Inclusive, no trato com as questões correlacionados com as ciências.
Com isto, as pessoas inicialmente interessadas em observar determinados astros, onde são potenciais candidatos a serem futuramente observadores amadores sistemáticos, ou ensino/divulgação, acabam perdendo o encanto pelas praticas astronômicas pelo simples fato de observarem nos instrumentos imagens bem diferentes das vistas e largamente divulgadas pela mídia.
Devo ressaltar que algumas pessoas pensam que os livros de Astronomia voltados para a prática observacional devem ter muitas fotografias a cores. Na verdade, os bons livros de referência de imagens na Astronomia observacional, e utilizados pelos verdadeiros astrônomos amadores e profissionais, apresentam suas imagens em preto e branco.
O leitor não estando habituado com as observações astronômicas, ao ler o comentário acima pode achar estranha essa minha citação de imagens em preto e branco. Mas, eu faço um convite aos mesmos em fazer uma simples experiência. A saber: Pegue uma fotografia em cores (não necessariamente astronômica, pode ser uma imagem qualquer como uma capa de revista). Dirija-se com a fotografia para um local escuro, de preferência iluminado apenas por uma luz fraquíssima (pode ser a luz das estrelas, que globalmente é muito parecida com a do Sol, embora muito mais débil); depois de esperar cerca de 10 minutos, para que os olhos se adaptem à escuridão, olhe para a fotografia. Nesse momento, algo pode parecer estranho: Pois, cadê as cores?
Essa simples experiência desmistifica muitas idéias pré-concebidas, pois em condições de escuridão, o olho não consegue distinguir as cores. Na grande maioria dos objetos do céu profundo não conseguimos ver cores e as fotografias que se vêem em alguns livros e revistas resultam de exposições demoradas ou digitalizadas artificialmente. Torna-se necessário nós que desenvolvemos a Astronomia seja com observações sistemáticas ou na divulgação e ensino, orientar previamente ao nosso público leigo, que o que se vê através de um telescópio não corresponde às imagens vinculadas nas mídias. Só para efeito de um maior esclarecimento, no caso especifico dos planetas, o olho recebe muito mais luz e as cores de certo modo são visíveis.
(*) Presidente da Sociedade Astronômica do Recife – S.A.R.
Presidente-Fundador da Associação Astronômica de Pernambuco – A.A.P.
Um dos Idealizadores do EINA – Encontro Interestadual Nordestino de Astronomia
Coordenador da primeira equipe do Brasil a redescobrir e fotografar o celebre cometa Halley em sua ultima aparição
Contemplado em 2007, com o recebimento da Comenda Científica Cientista Samuel Cunha Filho
Atuante de forma ativa na Astronomia brasileira há 25 anosaudemario@gmail.com