quinta-feira, 24 de julho de 2008


AS PREVISÕES ASTROLÓGICAS SOMENTE COMO DIVERSÃO


Por: Audemário Prazeres


Antes de prosseguirmos, permita-me definir a Astronomia e Astrologia segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda: ASTRONOMIA é a Ciência que trata da constituição e posição relativa, e movimentos dos astros. Já a ASTROLOGIA, estuda a influência dos astros, especialmente de Signos, no destino e no comportamento dos homens.

O filósofo austríaco-britânico Karl Popper (1902-1994) afirmou coerentemente que a Astrologia era uma pseudociência.

O fato, é que a Astrologia deveria ser chamada de “Astromancia”, que é o destino das pessoas através dos astros. Sua existência vem há mais de cinco mil anos, onde era praticada pelos povos sumérios; caldeus; assírios e babilônicos. Atualmente, a Astrologia lida com uma enorme variável de interpretações e de compensações, chegando inclusive no campo Psicologia com programas de computadores que identificam traços de caráter e personalidade das pessoas em função de mapas astrais.

Mas como explicar a crença cada vez mais crescente da Astrologia entre as pessoas? – Para responder a esta pergunta, basta refletirmos a uma frase do renomado astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, ao qual disse: “É impossível negar a Astrologia na vida do homem moderno que, INSEGURO com o futuro da humanidade, procura na mesma uma saída assim como fizeram nossos antepassados”.

Na verdade, existem alguns conceitos científicos que realmente incomodam aqueles que consideram a Astrologia uma ciência. Alguns astrólogos e praticantes de grupos místicos anunciaram que entramos na Era do Aquário. Vejam bem, cálculos astronômicos nos mostram que essa Era somente ocorrerá no ano de 2599, devido ao período de PRECESSÃO EQUINOCIAL, onde os Signos retrocedem uma constelação inteira, ou cerca de 30 graus de arco. A última Precessão ocorreu no ano de 54 a.C., quando o Sol passou no Equinócio da Primavera para o hemisfério Norte, de Áries para Peixes, inaugurando assim a atual Era. Na Astronomia, os astrônomos utilizam as constelações apenas como referencial na abóbada celeste. As constelações e os Signos são uma mera formação aparente das estrelas, não são astros constituídos, por sua vez, não há ligação física atrelada à passagem ou permanência de um determinado astro neste local. Esse conceito de constelações, variava na sua identificação, entre os povos antigos. Inclusive, algumas tribos indígenas no Brasil, possuem nos dias atuais, um reconhecimento bem diferente das constelações que conhecemos. Para efeito de oficialização, foram definidas pela União Internacional de Astronomia, após um acordo internacional em 1922, a nomeação e fixação definitiva de 88 constelações. Dessa forma, como prever o destino das pessoas sobre algo que não existe fisicamente?

Vemos também, uma omissão dos dias de permanência do Sol nas constelações Zodiacais. Se consultarmos qualquer anuário astronômico e plotar a posição do Sol nos 365.2422 dias do ano, verificamos que entre o dia 30 de novembro a 17 de dezembro o Sol se encontra na constelação de OPHIUCUS (Serpentário), fato este ignorado pela Astrologia, onde o Sol fica nesta constelação por cerca de 18 dias. Ao contrário quando em Escorpião (cerca de 7 dias), onde esta permanência é reconhecida nas previsões. Percebemos que não são 12 as constelações por onde o Sol caminha, mas sim, 13 constelações. Um exemplo do posicionamento do Sol no lugar errado, lembro que no dia 3 de novembro de 1994, ocorreu um eclipse total do Sol visível no Sul do Brasil. Na hora da totalidade (dia virou noite), foi possível observar o local do Sol na abóbada celeste. Pelos dados utilizados na Astrologia, o Sol estaria em Escorpião. Na verdade, entre os dias de 31 de outubro a 22 de novembro o Sol ocupa a constelação da Balança (Libra), fato este constatado no eclipse. Devido a essas enormes falhas, é que foi introduzido nos Estados Unidos, a chamada Astrologia Sideral onde, pelo menos são consideradas as posições corretas do Sol na Eclíptica.

Desse modo, sempre que verem previsões astrológicas, é bom refletir uma frase bem comum presente nos jornais dos EUA: “Os dados devem ser apenas lidos como entretenimento”.

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